quarta-feira, 29 de abril de 2009

TENDÊNCIA OU MODISMO?

Novas formas de relacionamento online, como o Twitter e o Facebook, se tornaram febre nos Estados Unidos e chegaram ao Brasil atraindo novos adeptos. Entretanto, os usuários variam de intelectuais da rede a meros curiosos. Seriam essas ferramentas algo passageiro ou o início de uma transformação da Web?

De acordo com a reportagem publicada pela Revista Época de 14 de março de 2009, o Twitter é o ritmo do momento, tendo em vista que as pessoas se encontram na era da exposição e do compartilhamento, fazendo com elas não deixem de trocar mensagens.

A pergunta básica da ferramenta é “O que você está fazendo”, e todos os usuários, independente de onde eles estejam, conseguem responder, se estiverem com o aparelho celular. “A comunicação é rápida e contínua, uma pequena e organizada fritaria digital. Visto de fora parece histérico, mas para os envolvidos soa natural. E é um sucesso.” (Época, 14/03/2009).

Segundo dados da Compete, empresa de consultoria americana, especializada em estatísticas para a internet, o número de usuários do Twitter aumentou consideravelmente em todo o mundo, sendo de 600 mil a 6 milhões em apenas um ano. Nos Estados Unidos, é a rede social que mais cresce na atualidade.

Ao contrário das afirmações da Época, o portal “O Guaruçá” publicou uma matéria em 27 de março de 2009, intitulada “O que o modismo esconde”, na qual o Twitter é tratado como “modismo” que apenas integra e complemente as demais formas de comunicações criadas pela Web, como blog, Orkut, Youtube, etc. Para o jornal online, o aumento das publicações é por causa de interesses de mercado, uma vez que esse tipo de ferramenta pode ser uma grande fonte de lucro, e não objetivando a popularidade desse “fenômeno”. “Já a imprensa deveria dar-se conta de que o hábito de criar modismos é tão efêmero quanto os próprios. Trata-se de um expediente editorial que visa apenas estar na onda, e que impressiona mais que os que estão fora da Web do que os usuários da rede. Essa visão imediatista dificulta o desenvolvimento de uma percepção mais realista de como um software como o Twitter pode ajudar na criação de redes de resolver problemas sociais.” (“O Guaruçá”, 27/03/2009).

Talvez o Twitter não tenha se tornado tendência ainda no Brasil, ao contrário dos Estados Unidos, devido ao preconceito ou à falta de tempo para à essa nova tecnologia. Vários modismos se estabeleceram, mesmo que a cada instante sejam disponibilizados inúmeros recursos de relacionamento. Caberá ao usuário, neste caso, aderir à ferramenta que lhe for mais útil ou, até mesmo, menos “cool”.

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