terça-feira, 19 de maio de 2009

quarta-feira, 29 de abril de 2009

TENDÊNCIA OU MODISMO?

Novas formas de relacionamento online, como o Twitter e o Facebook, se tornaram febre nos Estados Unidos e chegaram ao Brasil atraindo novos adeptos. Entretanto, os usuários variam de intelectuais da rede a meros curiosos. Seriam essas ferramentas algo passageiro ou o início de uma transformação da Web?

De acordo com a reportagem publicada pela Revista Época de 14 de março de 2009, o Twitter é o ritmo do momento, tendo em vista que as pessoas se encontram na era da exposição e do compartilhamento, fazendo com elas não deixem de trocar mensagens.

A pergunta básica da ferramenta é “O que você está fazendo”, e todos os usuários, independente de onde eles estejam, conseguem responder, se estiverem com o aparelho celular. “A comunicação é rápida e contínua, uma pequena e organizada fritaria digital. Visto de fora parece histérico, mas para os envolvidos soa natural. E é um sucesso.” (Época, 14/03/2009).

Segundo dados da Compete, empresa de consultoria americana, especializada em estatísticas para a internet, o número de usuários do Twitter aumentou consideravelmente em todo o mundo, sendo de 600 mil a 6 milhões em apenas um ano. Nos Estados Unidos, é a rede social que mais cresce na atualidade.

Ao contrário das afirmações da Época, o portal “O Guaruçá” publicou uma matéria em 27 de março de 2009, intitulada “O que o modismo esconde”, na qual o Twitter é tratado como “modismo” que apenas integra e complemente as demais formas de comunicações criadas pela Web, como blog, Orkut, Youtube, etc. Para o jornal online, o aumento das publicações é por causa de interesses de mercado, uma vez que esse tipo de ferramenta pode ser uma grande fonte de lucro, e não objetivando a popularidade desse “fenômeno”. “Já a imprensa deveria dar-se conta de que o hábito de criar modismos é tão efêmero quanto os próprios. Trata-se de um expediente editorial que visa apenas estar na onda, e que impressiona mais que os que estão fora da Web do que os usuários da rede. Essa visão imediatista dificulta o desenvolvimento de uma percepção mais realista de como um software como o Twitter pode ajudar na criação de redes de resolver problemas sociais.” (“O Guaruçá”, 27/03/2009).

Talvez o Twitter não tenha se tornado tendência ainda no Brasil, ao contrário dos Estados Unidos, devido ao preconceito ou à falta de tempo para à essa nova tecnologia. Vários modismos se estabeleceram, mesmo que a cada instante sejam disponibilizados inúmeros recursos de relacionamento. Caberá ao usuário, neste caso, aderir à ferramenta que lhe for mais útil ou, até mesmo, menos “cool”.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

A IMPORTÂNCIA DO BLOG NO JORNALISMO



Em entrevista realizada hoje para o Estácio Online, a jornalista e professora, Pollyana Ferrari, ressalta a experiência da construção de um blog pelos jornalistas é muito importante. A professora acredita que a prática é fundamental devido à necessidade de atualização de conteúdo, que pode ajudar o profissional a se manter ainda mais informado e habituado em navegar na internet. ”Blogueiro realmente incorpora o bordão 24×7. Sete dias por semana, 24 horas ligado”, afirma.

Segundo a jornalista, a blogesfera explodiu nos últimos anos. Ela diz que em 2004 esse fenômeno não existia, e que a partir daquela época que as comunidades e as redes sociais, começaram a crescer com a difusão do Orkut e do Google. As redes resultantes da blogoesfera é tema do doutorado de Pollyana Ferrari, que, como professora, já participou de 100 monografias e teses sobre Jornalismo. “É muito gratificante para uma jornalista/pesquisadora como eu ver que posso ajudar a mudar o conceito de Jornalismo digital neste país”, explica. Ela fica feliz em saber que os cursos de jornalismo no Brasil tenham adotado o Jornalismo Digital como conteúdo essencial para a formação de novos profissionais, porque acredita que essa mídia tenha se tornado referência.

Pollyana Ferrari comentou ainda, sobre trechos de seu livro publicado em 2004, “Jornalismo Digital”, que ela acredita estar desatualizado por não ter abordado a blogoesfera, conceito ainda pouco conhecido na época. Entretanto, a professora continua defendendo a idéia de que o caminho para os focas que querem desejam adentrar para as mídias digitais é longo, devido a necessidade de contextualizar e hierarquizar a notícia, além do conhecimento em outros programas que surgiram com a evolução da web e que hoje devem fazer parte do currículo. “A lista é enorme: do velho HTML ainda fundamental e básico, conceitos de flash, saber o que significa chuva de tags, RSS, redes sociais, pontão de cultura, blogosfera, XML, PHP, Linux; saber a diferença entre usar o firefox e todas suas maravilhosas abas, e o velho Explorer, perceber que o Orkut mudou radicalmente em matéria de arquitetura da informação. Usar RSS no dia-a-dia, participar de listas de discussão entendendo o código de conduta de uma lista. Enfim, mudar a chave mental, ser não-linear. Não basta ir fazer um curso de design web no Senac e achar que aprendeu tudo. Não tenha medo do novo, mudar dói, mas faz um bem incrível. Adorei a frase de Michael Lent, da 10´minutos, na revista Pix deste mês, quando ele diz: “Re- start […] que recomeço é sempre uma oportunidade bacana pra gente perceber que está vivo e experimentar coisas novas. Seja lá onde isso for dar”. Conclui.

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Infidelidade?

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

MAIS UMA VEZ...


Indignação. Não há palavra que descreva melhor o meu sentimento em relação à imprensa brasileira, principalmente à Rede Globo, sobre o caso Paula Oliveira.

Infelizmente muitos telespectadores e leitores de jornais dão crédito aos veículos de comunicação dominantes no país. As notícias por vezes não são julgadas, visto que a credibilidade da marca sobressalta aos questionamentos.

Não é a primeira vez que a mídia se precipita em informar, aliás, tornar público um fato não verdadeiro. O caso Escola Base foi o primeiro conhecido por mim. Não me lembro se a repercussão rompeu o território nacional, mas tenho convicção de que não foi menos grave que qualquer outro erro de alguns que se dizem jornalistas.

Lembro-me também do depoimento que ouvi do jornalista José Cleves, o qual se referia à acusação que recebera da polícia, e da imprensa, pelo assassinato de sua mulher quando, juntos, retornavam de um shopping da região noroeste de Belo Horizonte. Coitado. Perdeu o moral por um crime que não cometeu. As perseguições são para todos, inclusive para os que se sustentam com ela. Faço valer aquele velho ditado “um dia da caça, outro dia do caçador”.

Ainda sobre o caso Paula Oliveira, uma pernambucana, de 26 anos, que vivia na Suíça onde advogava numa multinacional. Jovem, mas com uma mente perturbada que além de várias mentiras exageradas se autoflagelou em troca de não sei o quê. Não acredito que ela seja psicopata. Um doente mental não teria imaginação o suficiente para tanto.

De fato, a Rede Globo não trouxe à tona essa história ilusória sem na essência investigá-la, apenas para mostrar que uma brasileira teria sido atacada por estrangeiros. A xenofobia é realidade em muitos países de primeiro mundo, e subdesenvolvidos também, por incrível que pareça. Vários brasileiros são deportados e agredidos diariamente, sem motivo e sem dó.

Por que então a maior emissora do país daria tanto crédito a essa mentira, sem questionar e acompanhar o parecer de todos os envolvidos (digo “todos os envolvidos” porque era desconhecido por todos naquele momento que a vítima era a ré)?

Após uma pesquisa, que não durou mais de dois dias, pude concluir que mais uma vez a política é influente demais para ser subestimada. O porta-voz inicial de toda a ficção, Paulo Oliveira, pai da recifense alucinada, é envolto nela, apesar de também ser advogado. Amigo do peemebedista Armando Monteiro Filho, do deputado Roberto Magalhães (DEM-PE), do senador Marco Maciel (DEM-PE), e de muitos outros, não encontrou dificuldades para chegar à impressa, especificamente ao jornalista Ricardo Noblat, com a falsa barbárie que ouvira da filha.

Não duvido que tenha sido esse o motivo tenha levado o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim e o presidente Lula a interferirem no caso, quase colocando em xeque a relação amigável entre a Suíça e o Brasil.

Mais uma vez a imprensa é vendida. Mais uma vez o brasileiro é enganado.

Assista a reportagem ("barriga") sobre o caso Paula Oliveira, exibida em 12/02/2009, pelo Jornal Nacional