No último dia cinco, os belo-horizontinos forçaram o segundo turno fazendo com que Márcio Lacerda (PSB) e Leonardo Quintão (PDMB) se tornassem os maiores personagens de uma das piores novelas exibidas pela televisão brasileira.
A disputa pelos flashes tornou-se intensa. Denúncias, ataques e acusações. Essas e outras artimanhas foram adotadas pelos candidatos para chamar a atenção dos eleitores.
Enquanto os políticos ensaiam discursos para tentar sensibilizar os cidadãos, eles se divergem nos orçamentos . Nenhum deles tem uma proposta concreta desde o início da candidatura. Perde-se voto, muda-se o caminho. E assim, a teledramaturgia, muito parecida com a global, faz com que o público se torne a cada dia menos simpatizante ao assunto “política”.
Hoje a deputada federal, Jô Morais (PCdoB), anunciou apoio ao Leonardo Quintão (PMDB), arrancando críticas de colegas de partido. Neutralizar seria a intenção do diretório nacional, mas, segundo ela, em Belo Horizonte é impossível acontecer desta forma. "Nós respeitamos o PSB nacional, nós consideramos que é um aliado privilegiado no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Porto Alegre, mas aqui, na circunstância de Belo Horizonte, não seria possível esse indicativo", disse Jô Moraes em entrevista para o Jornal Estado de Minas.
Seria esse apoio voluntário ou seria uma afronta aos “amigos da aliança”? Difícil dizer. Talvez o apoio seja apenas para dar emoção a essa história sem fim.
O importante é que os eleitores ligarão as telas para acompanhar apenas os capítulos finais. Isso porque eles não têm escolha.
Mas, apesar de os últimos capítulos serem suficientes para o entendimento de uma trama, dificilmente o telespectador se decidirá quanto a ao candidato que ganhará o Oscar do melhor ator político.
"Que vença o menos pior!"